Livraria Cultura Recife: Vale a Pena?
Quer saber tudo sobre a livraria Cultura e só tem a sua unidade na cidade de Recife. Se você quer saber tudo a respeito desse estabelecimento, continue nos acompanhando.
A Livraria Cultura em Recife
A história da Livraria Cultura em Recife começa em 2004 quando foi inaugurada a primeira unidade da loja na cidade. Ela ficava localizada no Paço Alfândega, no centro antigo da cidade e contava com um auditório que recebia eventos musicais, teatrais, entre outros.
Sendo assim, essa não era apenas uma livraria comum na cidade. Segundo o presidente do Conselho Administrativo, Pedro Herz a livraria não seguia mais uma linha específica com padrões instaurados sobre o que seria recebido naquele auditório. este espaço, bastava apresentar um projeto que se encaixasse.
Já a segunda loja na cidade foi a segunda loja no Recife foi inaugurada em outubro de 2012, no RioMar Shopping, localizado no bairro Pina, Zona Sul da cidade.
A nova unidade apostava na segmentação de públicos e contava com espaços específicos para adolescentes e geeks (jovens ligados em tecnologia, eletrônica e jogos).
Além disso, a segunda unidade da Livraria Cultura na Cidade prioriza também e na valorização de linguagens artísticas além da literatura, com a abertura do Teatro Eva Herz e da Galeria Cultura.
Essa segunda unidade da LIvraria Cultura em Recife também contava com uma seção dedicada à papelaria refinada, e ampliou a coleção com produtos inéditos da linha Cultura Inspira, formando, na época, alianças com diversas marcas como Moleskine, Kipling, Joy Paper, Teka, Cícero Papelaria, Guardiano e outras.
Fechamento da LIvraria Cultura em Recife
Inaugurada em 2004, no Paço da Alfândega, a primeira unidade da Livraria Cultura encerrou suas atividades em julho de 2018. Na época, a Livraria confirmou a notícia por meio de sua assessoria, mas disse que não comentaria a decisão.
Desde sua inauguração, essa unidade da livraria se tornou o principal ponto de referência para compra de livros, com um amplo catálogo que inclui boas seções de música clássica, títulos importados e uma grande sala para leitura . Na época, a inauguração da Livraria Cultura do Paço da Alfândega preencheu o vazio deixado por livrarias famosas como Síntese e a Livro 7.
Com o tempo, a organização interna da Livraria Cultura no Paço da Alfândega mudou. Por exemplo, em 2012 ganhou sua loja interna Geek.Etc, que trouxe uma coleção especializada de quadrinhos, action figures, cultura pop, videogames e games.
No mesmo ano, foi inaugurada uma segunda Livraria Cultura no RioMar Shopping, que permaneceu em operação normal até o seu fechamento em 2022.
O fechamento da última unidade no Recife aconteceu este ano e foi comunicado nas redes sociais, quando a rede anunciou o fechamento da loja no RioMar Recife após 18 anos na capital pernambucana.
“Viemos comunicar o encerramento das atividades da nossa filial do shopping Recife Riomar. No entanto, a nossa relação não acaba por aqui. Ainda queremos proporcionar a você experiências que transformam. Por isso, continue conosco através do nosso site e redes sociais”, disse uma nota emitida pela rede na época do encerramento das atividades da unidade.
A rede tem enfrentado uma grave crise financeira, fechamento de lojas, renegociação de dívidas com o setor de livrarias e em processo de recuperação judicial há três anos.
Os anúncios do grupo sobre o fechamento de lojas se tornaram rotina. Com uma profunda crise no mercado editorial, principalmente nas grandes livrarias, a Cultura foi uma das afetadas.
A rede entrou com sua primeira recuperação judicial há quase quatro anos, quando sua dívida já acumulava R $285 milhões. Como plano de expansão dos negócios, comprou e vendeu a Estante Virtual, a maior livraria virtual do Brasil, pelo valor de R $44 milhões.
Já em julho passado, o presidente Sergio Herz indicou que duas iniciativas ajudaram no crescimento dos negócios durante a pandemia: um sistema que paga os fornecedores imediatamente após a venda do livro e o lançamento de um clube de assinaturas de R $14, 90 negócios por mês.
Essa crise enfrentada pela empresa também fez com que o número de lojas também fosse reduzido drasticamente, inclusive em Recife. A rede que já chegou a contar com mais de 15 unidades distribuídas pelo país e teve redução para cinco unidades após a recuperação. Restavam apenas três unidades em São Paulo, uma em Porto Alegre e outra em Recife, sendo esta última fechada pela Cultura.
Os motivos que impeliram a crise no mercado literário foram os avanços no comércio eletrônico como Amazon e Magalu impulsionaram as vendas de livros digitais nos últimos anos, principalmente durante a pandemia. Segundo o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), o setor vendeu mais de 49,6 milhões de livros, com faturamento de R $2 bilhões em 2021. Isso mostra um crescimento de 32,7% em volume e 31,3% em faturamento em relação a 2020.
Parte da venda de livros hoje em dia é feita digitalmente e em termos de market share, as livrarias físicas responderam por 41,6% das vendas da produção literária, isso em 2019, mas esse número caiu para apenas 30,3% em 2020 sendo que houve um crescimento de 84% nas vendas digitais no mesmo período.
O fechamento da última unidade da Livraria Cultura em Recife representa a perda de mais um espaço cultural na cidade, visto que a rede oferecia muito mais do que os livros comercializados em seus estabelecimentos.
Além disso, o fechamento das unidades significa a perda de postos de empregos na cidade, aumentando assim o número de desempregados na região. Significa uma grande perda para a economia da cidade como um todo também.
Sobre a Livraria Cultura
A Livraria Cultura é nacionalmente conhecida e já chegou a possuir lojas em diversos estados do país e em várias cidades. A Livraria foi fundada em 1947 por Eva Herz (1911-2001) e nesta época a sua primeira loja ficava na cidade de São Paulo, mais precisamente na Rua Augusta.
De lá para cá, a Livraria cresceu e muito estando presente em em mais de 16 cidades do Brasil, e em diversas cidades incluindo Brasília, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro,Salvador e Recife.
O início da Livraria Cultura nos leva ao ano de em 1947, quando Eva Herz, filha de imigrantes judeus da Alemanha, montou uma biblioteca de empréstimo de livros chamada Biblioteca Circulante em sua casa na Alameda Lorena em São Paulo.
Na época os livros eram importados da Europa e boa parte dos clientes eram imigrantes. O serviço se popularizou e a biblioteca de empréstimo passou a emprestar e vender livros de autores brasileiros.
Os anos se passaram e em 1969 foi inaugurada a loja do Conjunto Nacional na Avenida Paulista, também em São Paulo, aí foi aí que os negócios da Biblioteca Circulante foram cancelados. Na mesma época, o filho de Eva, Pedro Herz, tornou-se seu sócio na empresa.
Já em 2007, após anos de crescimento, nos quais a Livraria Cultura abriu diversas unidades pelo país, ela renovou sua identidade visual e também sua visão como empresa.
A unidade da Avenida Paulista reabriu em 21 de maio de 2007 no espaço anteriormente ocupado pelo histórico Teatro Astor, substituindo as quatro lojas menores existentes no Conjunto Nacional.
Eventualmente, todas as quatro lojas reabriram: uma no final de 2007, oferecendo apenas os livros de arte; entre 2008 e 2009 os outros três estabelecimentos voltaram a funcionar em colaboração com as editoras Companhia das Letras, Instituto Moreira Salles e Record em um processo conhecido como varejo personalizado. Estas lojas personalizadas fecharam em 2017.
Em maio de 2013, em 2009, a Livraria Cultura vendeu 25% de suas ações para o fundo Capital Mezanino de propriedade da Neo Investimentos; A parceria com o Itaú acontece porque uma empresa bancária presta serviços de gestão para a Neo Investimentos.
No ano de 2013 a unidade da Record fechou para dar lugar à primeira unidade do Geek.Etc.Br e em 2014 a loja do Instituto Moreira Salles mudou de endereço.
A partir do início de 2016, a loja Arts and Geek deixou de ocupar as duas lojas externas. Os livros de fotografia e arte foram transferidos para a loja principal e o Geek mudou-se para as instalações da antiga loja da Companhia das Letras.
Em 19 de julho de 2017, a livraria adquiriu as operações da Fnac no Brasil sem divulgar os valores. No final do mesmo ano, a livraria adquiriu a livraria Estante Virtual, expandindo assim o seu domínio na internet.
Ainda assim, após anos de perdas financeiras, incluindo o fechamento de unidades físicas no Rio de Janeiro, em 24 de outubro de 2018, a empresa entrou com pedido de recuperação judicial para renegociar suas dívidas com editoras e outros credores da empresa. O pedido de recuperação judicial foi deferido em 13 de abril de 2019 para reestruturar a dívida de 285 milhões de reais.
Como já falamos mais acima, a empresa anunciou o fechamento de sua loja em Recife em 1º de fevereiro de 2022, deixando apenas três lojas da rede em operação: duas em São Paulo e uma em Porto Alegre.
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