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Programação completa – Festival de Teatro do Recife

Teatro

Programação completa – Festival de Teatro do Recife

O 16º Festival Recife de Teatro Nacional acontece até o próximo dia 28, desse mês, trazendo grupos teatrais de seis Estados do país. No total são 16 espetáculos e 36 apresentações, divididas nos teatros Hermilo Borba Filho, Santa Isabel, Apolo, Luiz Mendonça, Marco Camarotti e Barreto Júnior. O valor das entradas custam R$ 5.

O evento promovidos através da Prefeitura do Recife, administrado pelo jornalista Valmir Santos. Nesta edição a homenagem é dedicada a trupe Vivencial Diversiones, que atuou em Pernambuco nas décadas de 1970 e 80 com grande irreverência e transgressão. Além disso, o grupo é tema de um livro que será lançado no festival; a história também inspirou o longa-metragem Tatuagem, de Hilton Lacerda, na qual as filmagens ainda não foram concluídas.

Confira a lista de espetáculos:

– Escuro – Cia. Hiato (SP);

– Oxigênio – Cia Brasileira de Teatro (PR);

– Áfricas – Bando de Teatro Olodum (BA);

– Madleia ou – Doida – Companhia do Chiste (PE);

– Cachorro Morto – Cia. Hiato (SP);

– Descartes com Lentes, Cia. Brasileira de Teatro (PR);

– Vida, Cia. Brasileira de Teatro (PR);

– O Jardim, Cia. Hiato (SP);

– Por Que a Criança Cozinha na Polenta, Cia. Mungunzá de Teatro (SP);

– Jaguar Cibernético, Coletivo de atores reunidos por Francisco Carlos (SP);

– Estar Aqui ou Ali, Visível Núcleo de Criação (PE);

– Luis Antonio – Gabriela, Cia. Mungunzá de Teatro (SP);

– Minha Cidade, Teatro Marco Zero (PE);

– Labirinto, Alfândega 88 Companhia de Teatro (RJ);

– O Canto de Gregório, Grupo Magiluth (PE);

– Flor de Macambira, Ser Tão Teatro (PB);

Confira a programação completa, com sinopses das peças, locais e horários:

Espetáculo: Estar Aqui ou Ali? / Visível Núcleo de Criação (PE)

Local: Terminais de Integração Macaxeira e Barro

Dias: 25 e 26/11 (sexta-feira, Macaxeira e sábado, Barro)

Horário: 18h

Sinopse: Terceiro projeto solo do intérprete-criador pernambucano Kleber Lourenço. Funde as linguagens do teatro e da performance. O processo de elaboração se deu em etapas, desde 2008, através de residências e observações por cidades brasileiras. Foi contemplado no Programa de Candidaturas Internacionais do LAC – Laboratório de Actividades Criativas da cidade de Lagos, em Portugal, onde o artista desenvolveu residência. O espetáculo/intervenção teve cocriação e colaboração dramatúrgica do coreógrafo Jorge Alencar, diretor-artístico do grupo Dimenti, de Salvador. O trabalho busca o diálogo artístico entre corpo e espaço urbano. Maneja conceitos como ressignificação, deslocamento, diluição de fronteiras e territórios físicos e imaginários. Processa no corpo a experiência do trânsito e suas diferentes paisagens. Constrói uma dramaturgia estilhaçada, carnavalizada, já que se percebe (e se encanta) por meio de identificações culturais provisórias, vacilantes e confusas. Navega pelo espaço público e privado, invade corpos disponíveis para construir um guia prático, histórico e sentimental da ocupação. (www.visivelnucleo.blogspot.com)

Espetáculo: Luis Antonio – Gabriela / Companhia Mungunzá de Teatro (SP)

Local: Teatro Luiz Mendonça – Parque Dona Lindu

Dias: 25 e 26/11 (sexta-feira e sábado)

Horário: 21h

Sinopse: O autonomeado documentário cênico abre no ano de 1953 com o nascimento de Luis Antonio, filho mais velho de cinco irmãos. Ele passa infância, adolescência e parte da juventude em Santos, no litoral paulista, até ir embora para a Espanha aos 30 anos. O segundo espetáculo desse núcleo, em cartaz desde março passado, foi construído a partir de acontecimentos e relatos de familiares e amigos do personagem homossexual. O diretor e coautor da peça é seu irmão caçula na vida real. Foi abusado sexualmente pelo próprio e o manteve na sombra por três décadas, até a sua localização no exterior, debilitado pelas drogas e pela Aids. Baskerville assume corajosamente a voz autobiográfica na cena e na dramaturgia, agregando pontos de vista da irmã Maria Cristina, da madrasta Doracy e do amigo do primogênito, o cabeleireiro Serginho. A narrativa avança até 2006, quando Luis Antonio morre em Bilbao, onde vivera até então sob o batismo artístico de Gabriela. A criação colaborativa transforma o espaço cênico numa instalação na qual os atores também manipulam a luz e o vídeo, além de cantar e tocar instrumentos. (www.ciamungunzadeteatro.blogspot.com)

Espetáculo: Minha Cidade / Teatro Marco Zero (PE)

Local: Teatro Barreto Junior

Dias: 26 e 27/11 (sábado e domingo)

Horário: 16h sábado e 10h domingo

Sinopse: Duas crianças constroem uma cidade imaginária a partir das peças do jogo Brincando de Engenheiro. Cada aspecto da vida desse lugar é posto em questão, como se correspondessem aos tijolos dessa obra: a paisagem natural, a paisagem transformada, a moradia, o transporte, o trabalho, a escola, o lazer etc. Na perspectiva do espaço de cohabitação como organismo social, o público acompanha o nascimento e o crescimento do indivíduo. Com essa comparação, pretende-se suscitar a reflexão de que cidadãos e cidadãs devem ser os verdadeiros alicerces de uma sociedade, costurando a narrativa pessoal à história do território onde vivem. O espetáculo decorre da pesquisa em dramaturgia desenvolvida pela também encenadora Ana Elizabeth Japiá, contemplada em 2009 com uma bolsa do Programa de Estímulo à Criação Artística, iniciativa da Funarte/MinC. À bibliografia relacionada aos tópicos “infância”, “teatro para infância”, “cidade” e “poética da cidade”, somou-se uma investigação de campo junto a oito turmas do ensino fundamental (crianças de 8 a 10 anos) em escolas públicas e privadas de Recife.

Espetáculo: Labirinto / Alfândega 88 Companhia de Teatro (RJ)

Local: Teatro de Santa Isabel

Dias: 26 e 27/11 (sábado e domingo)

Horário: 21h

Sinopse: A montagem debuta o núcleo carioca, em fevereiro de 2011, e realinha o diretor, 26 anos de ofício, ao teatro de grupo e à pesquisa continuada. Chaves é inclinado a rupturas dramatúrgicas utilizando-se de textos literários, poemas, autos de processos e escritos filosóficos na construção da cena. Aqui, o desafio é a enigmática obra do escritor gaúcho José Joaquim de Campos Leão, alcunhado por si mesmo Qorpo-Santo (1829-1883). O espetáculo reúne três textos desse gênio visionário: Hoje Sou Um, e Amanhã Outro; A Separação de Dois Esposos e As Relações Naturais – este, por exemplo, retrata prostitutas, algo incomum à época; usa imagens surreais, como a de personagens que perdem partes do corpo; e pespega uma das mais estranhas rubricas de sua lavra, como observa o pesquisador Flávio Aguiar: “Milhares de luzes descem e ocupam o espaço do cenário”. O autor antevê em décadas questões formais que só ecoariam no chamado Teatro do Absurdo (Beckett, Ionesco). É contundente em aspectos humanos e sociais como liberdade sexual e emancipação feminina, atuais. Não obstantes o indiscutível valor estético e o pioneirismo contextual, permanece pouquíssimo montado e praticamente desconhecido do grande público. (www.alfandega88.com.br)

Espetáculo: O Canto de Gregório / Grupo Magiluth (PE)

Local: Teatro Hermilo Borba Filho

Dias: 26 e 27/11 (sábado e domingo)

Horário: 21h

Sinopse: Criado em 2004, por iniciativa de estudantes egressos do curso de artes cênicas da UFPE, o núcleo traça caminho consistente de investigação cênica borrando fronteiras da instalação e da performance. O espetáculo que estreou em abril tem texto de Paulo Santoro, o primeiro embrionário do círculo de dramaturgia do Centro de Pesquisa Teatral (CPT/SESC-SP), sob coordenação de Antunes Filho. O próprio o encenou em 2004. A obra superpõe mitos da religião e da filosofia nas ruminações de um sujeito face a face consigo e com Jesus, Buda, Sócrates e outros. Nesse que é um dia diferente em sua vida, Gregório vai a julgamento pelo crime de não ser um homem bom, mesmo quando lhe anunciam que “a bondade é logicamente impossível”. O pêndulo é o da ética pessoal/universal em detrimento da catarse, do alívio. A dialética reina e instiga partilhar sensações e angústias kafkianas. Quem sabe, apenas projeções da mente do protagonista, habitante de subterrâneos. Para estabelecer tal jogo, o espaço é conformado por um corredor e tomado pela cor branca, do linóleo do chão às paredes e cadeiras, além da ambientação sonora que desconforta. (www.grupomagiluth.blogspot.com)

DESCENTRALIZAÇÃO

Espetáculo: Flor de Macambira / Ser Tão Teatro (PB)

Horário: 20h

Local e dias:

RPA1 – Praça do Arsenal da Marinha – 19/11 (sábado)

RPA2 – Refinaria Multicultural Nascedouro de Peixinhos – 20/11(domingo)

RPA3 – Refinaria Multicultural do Sítio Trindade – 21/11 (segunda-feira)

RPA4 – Escola Municipal de Artes João Pernambuco – 22/11 (terça-feira)

RPA5 – Escola Municipal Antônio Farias – 23/11 (quarta-feira)

RPA6 – Escola Estadual Jordão Emerenciano – 24/11 (quinta-feira)

Sinopse: Em atividade desde 2007, o núcleo de João Pessoa prospecta a linguagem teatral em busca de uma cena tipicamente brasileira. O terceiro espetáculo do repertório estreou em fevereiro passado em turnê por dez cidades do rio São Francisco. É uma adaptação de O Coronel de Macambira, do pernambucano Joaquim Cardozo (1897-1978), que por sua vez se inspirou em figuras e brincadeiras da festa popular do boi. Catirina sucumbe aos vícios e tentações mundanas e, para salvar a si e a seu amado, mergulha nas profundezas da alma. Despontam tipos monologando em versos, vide o coronel sanguinário, o padre mercantilista, o bicheiro corrupto e o triunvirato do capitalismo: o economista ilusionista, o banqueiro especulador e o marqueteiro enganador, todos recebidos por Matheus, Catirina e Bastião. A peça-poema de 1963 se solidariza com as dificuldades do povo brasileiro, evidencia os exploradores e dá voz às vítimas. Ganha traços contemporâneos ao inserir personagens estranhos à festa, como o Aviador e a Aeromoça. O autor cita ainda o Soldado da Coluna em clara referência à utopia socialista que percorreu as estradas do Brasil. (www.sertaoteatro.com.br)

1 comentário para “Programação completa – Festival de Teatro do Recife

  1. qual o período de inscrição de espetáculos de outros estados?

    gostaríamos de enviar proposta!




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